domingo, 30 de junho de 2013

Adicione a Goldman aos 10 worst


Just read the US Economics Analyst, the weekly publication by Goldman about the US. Most readers would agree w me it's one of the best market research out there,  or at least agree that any  European research, or that Deutsche's Lavorna's mumbles about the US, are much worse.
But this week piece, by some fellow called Dawsey, deserves mentioning. He estimates a VAR to measure the impact of the mortgage rate hike over the economy, and just assumes away the endogeneity problem.
I'm sure it would make Pastore proud. But I ask my bro X to put it on the list. Or maybe make a list of the "10 more endogenous economist" including all the schmucks who think endogeneity is not a big problem, that in the end is not quantitatively important and that measuring exercises are useful even when they are obviously flawed.

sábado, 29 de junho de 2013

Trem bala e minha mãe

O governo surpreendeu com retorno anunciado de 7% --- nego falava em 8,5%!
Bom porque talvez aí inviabilize esse trem-treco, totalmente desnecessário
O povo sai ganhando porque o BNDE usa menos do dinheiro dos pobres pra financiar o Bala com seus subsídios incompreensíveis.
Minha mãe, Phd por Chicago, ficou feliz, mas ainda acha que eles podem oferecer outras benesses pro Bala sair do papel. Ela falou que anda assistindo a séria Free to Choose, do Milton, pra conseguir superar esse período de trevas no Brasil.
Fica sempre a pergunta, se o Bala é tão bom assim, por que precisa ser subsidiado com a grana dos pobres, via BNDE?

Mao Style

Em vez de Gangnam, os últimos discursos do Xi são reminiscentes do passado nefasto da revolução cultural. Uma estranha campanha de auto-purificação, com referência a expressão “look in the mirror, groom yourself, take a bath and seek remedies”, que supostamente tem significados conhecidos.  “look in the mirror” = olhe para o Partido, sua constituição e filosofia, “groom yourself” = corrija sua conduta e projete uma boa imagem, “take a bath” = mantenha a mente aberta e limpa e se comporte, “seek remedies” = eduque e puna aqueles culpados de má conduta.
Mais que nhê-nhê-nhê, está tendo implicações para o mercado. Tudo indica que o pulo na Shibor foi deliberado, um stress-test dos bancos. Sua causa foi sazonalidade, que era totalmente esperada, e os discursos pregam que seria saudável uma limpeza no shadow-banking.

Como sempre estou boiando. Mas está ficando interessante.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Nova regra de Taylor

Na divulgação do relatório de inflação o CH disse que a inflação está controlada e que “Se essa é uma preocupação da população, o que estamos fazendo é trabalhar para que essa preocupação seja aliviada e, ao longo do tempo, desapareça”.

Em vez de 5,5% de meta, ou da regra do CESG de que há um teto de 6.5%, a nova regra de Taylor está baseada na preocupação da população. Se sair no Jornal Nacional, o BC tem de subir o juro.
Phoda.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Ben e o 10 anos

O último movimento ajuda a separar o efeito de signalling do efeito de stock. Se o discurso do Ben teve o efeito de fazer o mercado antecipar em 3 meses o tapering, dado que o atual QE é de 85 bi /mês, isso faz com que haja menos 3x85=255bi de compra. O efeito de stock sobre o 10 anos é 255bi.(50bps/1tri) = 13bps. O resto da abertura do 10 anos (uns 35 bps) foi efeito do signalling. De fato, a curva curta mostra a antecipação da subida da taxa de juros, agora já para 2014.

Pessoalmente estou duvidando do mercado (na parte curta). Minha interpretação é que o Ben está separando o fim do QE do aumento de juros. O fim do QE está ligado a se livrar dessa confusão, talvez já esteja faltando MBS para comprar, o housing já voltou, o mandato acaba agora. Já a subida de juros está ligado a economia. Eu consigo interpretar o discurso como ele estando dovish na economia (o papo de baixar o threshold do desemprego para abaixo de 6.5%), mas querendo fazer tapering já em setembro. Na verdade, eu consigo interpretar o discurso do jeito que eu quiser...

A esquizofrenia pesquisador x professor

O pesquisador moderno em economia se agarra ferrenhamente à ideia de que as pessoas não cometem erros sistemáticos de avaliação. No domínio das decisões que afetam diretamente o bolso do indivíduo, e que são feitas com frequência que possibilite correção de erros, parece uma bela de uma hipótese. Mas quando ter ideias equivocadas não afeta o bolso, podem sim surgir erros persistentes de avaliação. Se esses erros estão associados a noções e posicionamentos que geram utilidade ou senso de identidade às pessoas (proteger o produtor nacional; querer passagem de ônibus a preço zero; achar que heterodoxia economica faz algum sentido, etc), mas não geram perdas significativas diretamente ao indivíduo, então por que investir para entender e se convencer de que elas estão erradas? No linguajar técnico, é "ótimo" não fazer isso

O pesquisador quase não mexe nesse vespeiro de vieses de avaliação; mas a vida de um professor de introdução à economia é justamente tentar desmontar crenças erradas sobre o funcionamento da economia, e vieses persistentes.

Até semana que vem 

Cristiano Romero Valor de hoje

Nada a acrescentar, muito bom. Quer fazer parte desse Blog?

terça-feira, 25 de junho de 2013

Political reform

Dilma, hi,
The only relevant political reform is this: scrap proportional representation and go for district voting
this reduces corruption since it makes politicians more accountable

oh, sorry to inform, but democracy is the most striking case of principal-agent problem (did u read MGW chap 13 and 14?)

 it works poorly because we are unable and havent the proper incentives to control our agents (that is u, the politicians); but theory and evidence suggest the problem is a bit attenuated by majority (district) voting...

closed lists is the worse thing to do, it hinders politicians incentives to behave well and increase incentives to please party leaders, like Dirceu and the likes

Dilma, go read persson and tabellini´s 2003 book and related papers first....i am tired and not willing to explain it further right now....we can talk later

good night, sweet dreams

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Tem que identificar a porra do choque, cacete

Todos repetindo sem parar para pensar: " a inflação alta está corroendo a renda do consumidor e tirando poder de compra, vai pegando no consumo, bla, bla"

tá bom, se tem choque adverso de oferta, conta essa historieta aí ... mas o mesmo economista que conta essa historieta diz que a inflação é muito por conta de pressão de demanda. mas aí a inflação cresceu porque a demanda cresceu, o choque identificado é na demanda; não tem porcaria de consumo caindo por conta de inflação; teve um movimento que impulsionou consumo e inflação pra cima.

que merda é essa de cachorro correndo atrás do rabo?

Protesto Útil


Protesto Inútil

I’ve just listened to our presidenta. Overall I think Dilma’s response is being perfect. Reduced the bus ticket price, gave out that flat speech on Thursday, and launched the anti-corruption-better-transport-health-and-education program. She may upgrade to political reform plebiscite and constitution. And later come out with some cross subsidies to square public revenues and expenses.

Contrary to my friends, I believe protests won’t linger for long. They will die out soon, and will be remember as one of the most useless popular movement ever.

Risco regulatório cresce com populismo

Eu via um upside pro Brasil: as concessões de fim de ano na área da infra-estrutura.
Fiz uma revisão bayesiana com o acirramento dos protestos. Governantes temerosos e confusos sempre vão pro populismo, e isso aumenta muito o risco regulatório. Vejam o exemplo da Copel, no Paraná. O Alckmin está ameaçando barrar reajustes de preços controlados...
Quem vai meter bilhões de dólares aqui? Só se o BNDES der ainda mais dinheiro de graça; mas nesse caso, talvez não seja bom que os investimentos ocorram...
Saudades do Sapo Barbudo (quem diria!)

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Mom called me

X's mom: Son, does economic theory explain why the price of a banana is lower in a flea market near 13hours as opposed to 8hs?

X: Yes, mom. It is because banana at 8h is a different commodity than banana at 13hs. Due to selective picking, what remains at 13hs is a worse kind of banana, less valuable. An umbrella in a rainy day costs much more to the passerby also because the change in the “state of nature” renders it a different product when weather is miserable.

X's mom: Oh, I see. So bananas are not all the same and that’s why they are priced different.

X: Precisely.

X's mom: Where did you learn this, son?

X: At Mas-collel, mom

X's mom: Is it a good read?


X: Definetely, and with a lot of intuitive discussions, mom. I will lend you mine.

the relevant question

is this: what is behind the very low inflation rate in US?

is the shale gás phenomenon a significantly important supply shock able to promote growth without inflation for some years in the US (cesg's conjecture)? or is fk correct in arguing inflation is temporarily low only (mark-up shocks to a felipes curva in a dsge model!!), no super-marvelous new steady-state in sight...?

in cesg's scenario, the excessive stress may ebb away in a couple of months; in fk's, it only gets sourer and sourer

Descarrilando...

Dilma, pulamos pra uma dinâmica muito ruim, você percebe isso?
O trem pode descarrilar mesmo, inclusive pra você
Mexe esse bumbum, presidente, coragem, esqueça o que te contaram na Unicamp, aquilo nao existe, nao eh economia
Troca a equipe e vai na TV falar que o fiscal e 4% de primário
Você nao vai conseguir reganhar credibilidade se nao fizer isso, sua equipe e ruim e esta desacreditada
Me escuta, pelo amor de deus, dilma

Cesg


quinta-feira, 20 de junho de 2013

Amarelou, dançou

Prefeito e governador d SP ambos sempre tive em baixa conta, intelectualmente. Mas eles conseguem fazer pior sempre. Agora, amarelões, vocês vão ver o que significa voltar atras de uma decisão correta por medo/populismo. Pra ajustar a desordem econômico- social que se instalou aqui, precisávamos de uma Tatcher, mas a nossa dama infelizmente e de outro tipo.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Teorema


1. Haddad diz hoje de manhã que reduzir tarifa seria populismo

2. Alckmin e Haddad reduzem a tarifa hoje à tarde

Logo, usando a lógica que tem prevalecido ultimamente,

Haddad e Alckmin não são populistas e não são suscetíveis a pressões.


Carta a Dilma R.

Querida Dilma,
A coisa está preta.
Sem mudanças radicais, não há mais como reverter a perda de credibilidade que você permitiu que ocorresse. E o cenário externo, com Ben indo pra casa e China crescendo menos, não vai te ajudar.
Dilma, você está correndo sério risco eleitoral. Não insista em mexidas pequenas, como um pouquinho mais de juro e um pouquinho mais de superávit. Passou o tempo em que isso reverteria o quadro. Agora, presidente, só mudando a equipe mesmo. Bota a culpa na Economist, ou no Antoninho de Botucatu, na imprensa maldita, sei lá, arruma uma desculpa e manda esse teu pessoal embora. Coloca uns ortodoxos sem graça lá, tipo o Economista X, para acertar o rumo. O Joel te falou besteira, te falou que não dá mais tempo  pra mudar de rumo...claro que dá! Os mercados precificam mudanças críveis (mas precisa ser crível) e a sociedade também.

terça-feira, 18 de junho de 2013

The lists and X vacations

The most read post so far in the history of this blog is "10 worst economists EVER"

As demanded by readers, a list containing the "100 worst brazilian economists EVER" is being carefully crafted. It will probably be finished in 2015, when the FED raises rates.

I will be out for a week starting on-the-morrow

I will be on vacations, on US soil. Yes, the rumours are not mere rumours, Mr. Obama sent for me...but I am not sure whether I will accept the job, since he said I should abandon the Blog while chairing the FED.

Keep you posted, dear readers.

Cheers,

X

Inflação subjacente e breakeven

No gráfico uma medida de “inflação sem canetada”, retirando os itens de linha branca, automóveis, gasolina, ônibus, etc. e reponderando (hat tip Genta). Sei que há várias medidas alternativas, com ou sem normalização de nível, e outras chatices. Independentemente, sempre vai dar inflação alta, uns 8% nos últimos 12 meses.
Um raciocínio comum é olhar para esse gráfico é concluir que a inflação vai disparar quando o governo parar de desonerar o IPCA. É como se a “inflação latente” fosse muito maior. É como se houvesse um canal direto da inflação latente para a inflação futura. Não entendo direito o que isso significa.
Acho possível argumentar que o gráfico significa que o hiato do produto é brutalmente positivo, e que isso significa que a inflação irá subir. Eu entendo que o lado fiscal das desonerações tem impacto positivo sobre a inflação, através do canal do hiato. Mas só isso.
O consenso dos economistas diz que a inflação será algo em torno de 5.8% para os próximos dois anos. Enquanto isso, o breakeven do mercado está uns 5.4% para esse período. A diferença é razoavelmente grande, e não leva em conta o tal prêmio de risco (Outro argumento que não entendo direito).

O CHORINHO usa o CAGED, obtém que o mercado de trabalho está fraquejando, que o hiato está bem negativo, e que a inflação vai cair (mesmo antes do juro ter subido).
Saí do castigo, mas vou ficar fora dessa. Continuo procurando oportunidades para perder dinheiro.


Protestos

If I were Dilma I would be worried with the protests. But I also wouldn’t know what to do. Maybe talk to Haddad to cut back the bus ticket price. And then go on TV launching a major investment program in schools, which would never happen. Differently from my colleagues, I can’t see any material impact.

Delfos no Valor (show de horror!)

Hoje ele abusou...nossa senhora.

Vou focar em duas m* que ele disse:

1 - que eh puzzling a pesquisa de opinião mostrar que as pessoas acham que seus filhos estarão melhores que eles e ao mesmo tempo ter tanta gente revoltada com o rumo da politica e da economia no Brasil --- poxa, Delfos, eh obvio que os time spans aqui são muito díspares. O fato do atual governo ser ruim não significa que a renda do meu filho (o pequeno economistinha x) não será daqui a 30 anos maior que a minha...

2 - Desigualdade é culpa do capitalismo financeiro? O que eh capitalismo financeiro, Delfos? Olha, você precisa ler os papers do Ross Levine e parar de papagair besteirol de esquerda. Países com mercado de crédito mais desenvolvido, controlando por uma porrada de variáveis, apresentam taxas de crescimento da renda dos mais pobres maior. Sim, porque quem nasce pobre tem uma porta de saída no crédito; sem crédito ele não tem porta de saída Delfos. Não faz milagre, mas ajuda.

3- Mais importante do que isso, tem um zilhão de papers mostrando a causa da forte desigualdade de renda no Brasil. Acho que voce nao vai gosta de ouvir, mas eu não estou nem aí pra você. A causa é que desde o governo militar, os políticos não priorizaram capital humano. Na sua época, por ex, vocês socaram bomba em investimentos improdutivos e não fizeram nada pra melhorar a educação. A Coréia tomou outro rumo, o oposto. Vai ver lá a desigualdade e o nível da renda, vai Delfos.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

10 Worst brazilian economists EVER

1 - Belluzer, the loser (thinks all natural disasters stem from appreciated currencies)
2 - Pokemon (has a mean heart; persecutes orthodox economists; does not know what omitted variable bias is: once he traced a correlation between openess and unemployment without any control and went on to infer causation....)
3 - Butter (unable to think clearly)
4 - Augustin (has a mean heart; wants to implode the country for no obvious reason...maybe he is an argentinean)
5 - Dilma (thinks what she learnt at Unicamp is economic theory)
6 - Pastore 1 (has good heart, but thinks vacation gratification is tantamount to a tax on firms hiring - it is not, pastore, it is part of wages)
7 - Pastore 2 (very rude, runs a lot of regressions where all variables are endogenous and does not like when you point that out to him)
8 - Gianetti (wrote an entire book to argue that preference's discount rate must equal the inverse of gross interest rate...argues underdevelopment is due to people's impatience!)
9 - Bresser (wrote a paper summing up his own crazy ideas and dared to publish it in his own review --- the most serious case of endogeneity ever)
10 - Vidor (wears that fancy tie)

10 best brazilian economists EVER

1 - Antoninho de Botucatu (knows everything, and is my bro)
2 - FK (taught generations of good economists; he is old now but remains smart)
3 - Joelmir Betting (in memorium)
4 - Amyr Klink (knows what  scarcity means)
5 - William Waack (knows more economic theory than belluzer; speaks german)
6 - Genta (sambista; has a good heart)
7 - Sebastião Salgado (made a good choice long ago, and Economics is all about choice theory)
8 - Bob fields (knew latin; read Freud and Foucault; learned english attending cine sessions with his back to the screen; had wit)
9 - Cesg (has published nice and important books -- all sold poorly)
10 - Claudia (knows in advance what is going to happen in the realm of economic policy)

Conluio entre escolas de economia

Todo ano, as escolas de pós-graduação de Economia recrutam alunos para seus cursos de mestrado, após concurso rigoroso com provas de macro, micro, estatistica, matematica e brasileira. Quando saem as notas, os centros começam a ligar para os candidatos, convidando-os para uma visita. Cada escola tenta convencer os bons alunos que seu centro é a melhor escolha, e competem tentando sinalizar qualidade superior em um mundo lotado de assimetrias informacionais e incertezas.

Nos EUA, uma outra dimensão de concorrência, simulatanea à qualidade, é a financeira. Harvard e MIT, por exemplo, disputam alunos oferecendo bolsas maiores para os mais promissores. Às vezes, 3.000 dólares a mais num ano decidem a parada.

Aqui no Brasil, essa dimensão de concorrência é vista com maus olhos. Os valores das bolsas doadas são fixos e oficialmente não se pode concorrer nessa margem. Ou seja, há uma espécie de conluio entre os centros para que eles, em conjunto, possam desembolsar menos. Quem perde com isso, claro, são os alunos. Ouvi de um colega economista que deixar essa dimensão livre geraria competição predatória entre as escolas. Que raios significa isso?? Outros me disseram que "em equilíbrio, todos os centros gastariam mais e assim a alocação alunos/centro não se alteraria. Portanto, como chegaríamos ao mesmo ponto final, não seria eficiente concorrer nessa margem". Por Deus ! Ainda que esse fosse o equilíbrio final, proibir competição na margem financeira segue sendo a mesma coisa: uma transferência de renda dos alunos para as escolas.

Um colega mais perspicaz me disse o seguinte: "por que então a gente não passa uma lei impondo teto para salário de secretárias?....é a mesma coisa".

De fato, é a mesma coisa.  


domingo, 16 de junho de 2013

B and B (Big State)

I am no fan of any of the two, but Bacha's interview is so superior to Belluzer's...jesus...to the point of being embarassing.

But the important thing is: he is now advocating fiscal contraction explicitly. Therefore, now the 3 most important economic advisors to Dilma are defending cutting G.

Still, I dont think it will happen til 2015...

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Breakeven Inflation, aqui e na matriz

No gráfico os breakevens de inflação de 10 anos p o Brasil e EUA. A semelhança sugere que nossa inflação é causada pela deles, que é besteira fazer nossa própria projeção. Sem nenhum apelo teórico,  mas provocativo.
(Hat tip João Vaz)



IS LM pure and simple

Jesus, man, I have been spending time studying difficult macro models with a lot of equations...

But the truth is: old ISLM is still useful. Contract monetary policy and expand fiscal policy: what do you get in terms of real interest rate? Scribble on a toilet paper the two lines and tell me later

answer: sesir ti 


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Ajuste Fiscal no País Continental

No Peru o Humala decidiu abandonar a compra da Repsol e pedir desculpas ao mercado. O motivo foi à queda da popularidade. Mas essa foi devida ao aumento da violência, de acordo com as pesquisas. Aparentemente, ele se confundiu, ou foi confundido pelo chamado consenso de Lima (a versão Inca do consenso de Washington).
Os juros americanos, o papo de tapering de QE causou a abertura de CDS e depreciação de todos emergentes. Será que a Dilma consertará o fiscal por que sua popularidade caiu?

Não sei. Eu recentemente aprendi que "el Peru es un país ancestral, con hábitos y costumbres locales".

Não, Mesquita, não é essa a prioridade

Respeito o M.Mesquita, mas ele está equivocado quanto ao tema da meta de inflação. Não há qualquer evidência empírica sugerindo que inflação de 3% seja melhor do que inflação de 4,5%. Desculpe, mas não há. Olha que eu até gostaria que houvesse...

Acho que a prioridade nossa deveria ser implementar o target de 4,5% direito. Já estaria bom, bem bom. Não é legal dispensar energias promovendo um debate custoso sobre redução de meta; faz mais sentido pressionar pelo cumprimento da meta atual, Mario.

Tampouco me parece correta a tese do carry-trade menor. O que o Mesquista sugeriu é que com meta menor, teríamos em steady-state uma inflação menor, e portanto juro nominal menor, e assim menos carry-trade. Mas Mesquita, com inflação doméstica menor, a expectativa de depreciação cambial também se reduziria, anulando o efeito advindo do juro nominal menor para efeitos de carry-trade. Correto?

Um abraço,

X

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Feitiço da Incompetência

Em uma cena do colossal Moonstruck (Feitiço da Lua), Loretta Castorini (Cher), aceita o pedido de casamento de Ronny (Nicholas Cage), preterindo Johnny (Danny Aiello), em frente à família. Johnny havia acabado de comunicar a Loretta que não poderia mais casar-se com ela porque sua mãe havia praticamente ressuscitado quando ele comunicara o casamento, na Itália, no que provavelmente parecia ser o último momento de vida da Nonna.

Neste exato momento o avô de Loretta começa a chorar. Seu pai pergunta a razão e ele responde:

I'm Confused

Depois de um pacote para estimular o consumo de móveis, notebooks, geladeiras e o escambau, nesta altura do campeonato ...

... até a Velhinha Taubaté tá começando a vacilar.

Será que ainda existe alguém que acredita que isso fará diferença ou todo mundo sabe que é mais desperdício, mas que pode render alguns votos.

Quem se preocupa com o futuro deve torcer para ser sacanagem temporária. Incompetência é um problema permanente. 
   

2,3%, a promise is a promise

Dear Butter,

This is the last time I trust your words. Don't fail me again, otherwise it will be for the last time...

Comentários sobre comentários

O pessoal do Valor está dizendo que o governo prepara uma ofensiva fiscal, para reganhar a credibilidade e o tempo perdido. Eu acho muito difícil, não-crível ainda que algo seja anunciado. Por dois motivos: ciclo político-eleitoral e base fragmentada no Congresso, duas variáveis chaves que explicam muito o desempenho fiscal como sugerem os trabalhos empíricos.

O Cristiano Romero (estou mandando esse post para ele também) disse que se fecharam as janelas para reformas estruturais, na esteira da melhora dos EUA e possível mudança de política monetária por lá. Romero, não sei o que você chama de reforma estrutural, mas a evidência empírica é o contrário do que você falou: as reformas pró-crescimento, impopulares no curto prazo, só ocorrem quando as coisas azedam. Esses anos de ciclo de commodities seguidos de anos de abundantíssima liquidez internacional paralisaram as reformas na AL. Agora que não tem nem mais commodities nem mundo desenvolvido hiper-brochado, alguns começam a acordar para a necessidade de implementar reformas liberalizantes (veja México, por ex). Reformas se dão apenas em momentos difíceis, tem uma literatura vasta sobre isso.

Gostei muito da entrevista do Porzecanski na A4 hoje, dizendo que Mercosul só nos atrapalha. Precisamos aumentar nosso fluxo de comércio e enquanto os outros países da AL assinam tratados de comércio, o Brasil se afoga abraçado com a Argentina kirchneriana. É lamentável, e sofre nossa indústria, que o governo tanto quer ajudar com truques de prestidigitação.

Eu prefiro meta de superávit primário mesmo, Delfos. É mais claro e não impõe constrangimento ao BC. Se o BC fosse fortemente independente eu peferiria a meta de déficit nominal, até porque em momentos de alta de juro, ou seja, de expansão forte da economia, o governo precisaria ajudar mais no lado dos gastos.





terça-feira, 11 de junho de 2013

Antoninho, it is time my bro

Tomorrow, bro, I'll put most of my money in the brazilian stock market.

It has become cheap, man. Of course, if Brazil drifts towards argentinean policymaking kind of route, I will be fucked up. But my guess is that Dilma wont lead us there. She is slightly better than Chris. Concessions will boost infrastructure, inflation wont surpass the ceiling, and the fiscal mess will be sorted out in 2015.

I will become rich, toninho, finally!

No Valor de hoje

Tem o Delfim explicando direitinho os ganhos decorrentes dos fluxos de capitais. Ele nao explica direito os custos que ele tanto gosta de falar que existem. Basicamente o problema eh que países com regulamentação bancaria precária podem sofrer lending booms quando abrem suas contas externas, gerando instabilidade financeira. Aconteceu muito na AL no passado.

Nao me eh obvio que a volatilidade do cambio flutuante aumente com mais abertura financeira, pois com mercados mais líquidos essa deveria eh cair.

 O legal eh que capitais livres ajudam um pouco a controlar as doideiras dos governos, pelo medo da punição! Mas concordo que a regulação deve ser firme e ir contra o ciclo, sendo mais chatinha quando esta todo mundo muito animado.

O mais importante no Valor de hoje eh a Saflate e cia falando que talvez haja mudança na condução do fiscal, na linha sugerida pelo Delfos e Nakano. Seria uma beleza pra inflação, pro crescimento, pras contas externas. Mas com eleição perto e base fragmentada, nao consigo acreditar que ocorra uma guinada na política fiscal antes de 2015.

Assim, Como nos conta o velho ISLM, com monetária Virando contracionista e a fiscal destrambelhada, o juro de mercado nao poderia nao subir. Olha ai pra onde esta indo o cupom das ntn-b.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A preocupação do Bernardo

Bernardo Guimarães, professor da EESP, e na minha opinião o melhor acadêmico na área de teoria aplicada no Brasil, falou que estava preocupado com a nossa economia. Eu, influenciado pelo debate cotidiano de inflação, Selic, PIB do trimestre e tal, achei que ele falaria sobre isso, que ia dizer que 6,5% de inflação realmente estava demais, etc.

Mas não, ele disse estar muito incomodado/preocupado com a lei do conteúdo nacional da Dilma, com essa idiotice (minhas palavras) de forçar o empresário a comprar aqui. O alerta dele foi: "pô, os empresários agora tem incentivos a investir menos para mostrarem que estão mal das pernas para então poderem pedir auxílio pra Dilma; isso danifica crescimento e produtividade". 

É claro que não dá pra descuidar da inflação e do déficit, mas é importante ter em mente que desvios na coisa da eficiência micro são os mais danosos para o que importa, que é o crescimento da produtividade.

sábado, 8 de junho de 2013

A lenda do papacu rasteiro

Cheguei de viagem ainda tonto p encontrar que fui stopado no pre sem nem mesmo ter tido a chance de passar um calor. Escutei que tem fundo quebrando. Vou me colocar de castigo por um tempo, pelo menos até voltar a entender o que está acontecendo.

Delfos' interview in Big State

Finally Delfos said sth coherent. He said without a considerable fiscal consolidation interest rates will have to go back to 2 digits if we are to tame inflation.

Well, he also praised Dilma for never making a single mistake. I am ok with you saying that in a public interview, Delfos, but you know this is  not true. Write a comment here, under Anonimo, just to reassure our readers.

Economist pede para o Mantega ficar ...

sexta-feira, 7 de junho de 2013

MARCIO HOLLAND, FOR GOD'S SAKE, MAN. GET SERIOUS !

Brazil is about to be downgraded by Moody's mainly because of a clear deterioration in fiscal policy. It is not only that fiscal primary surplus is falling when it should be tightened to control inflation. The deterioration is institutional, with a dismantling of the framework sucessfully implemented in 2000.

Now, secretary Holland is saying there was no change in fiscal policy whatsoever. Jesus, Marcio, you got me upset. Why dont you listen to your boss at FGV, professor Nakano, who advocates a non-trivial fiscal adjustment to increase industry's competitiveness.

X

quinta-feira, 6 de junho de 2013

A question to Alex Schwartsman

Hi, Alex, bro. Howdy?

I read your piece and have got a question for you.

You show productivity growth has been weak in industry, weaker than in services. Maybe this is because the industry demands more complex investments than the services sector. And complex investments depend a lot on good institutions and stable rules (which are soringly lacking), whereas service sector investments are less complex. This is what my other bro, Samuca, is saying (Acemoglu, which is not my bro because he is 100 times more intelligent and skilled than me told sort of the same story to explain the reverse of fortunes in the 1800s).

Right. But if productivity has been performing badly in industry, why the heck wages went up more than in services?? Tight labor mkts alone cannot account for that; it explains rising overall wages. You have to couple this with sth else...more organized labor? But does this explain wage growth differentials (instead of levels)?

cheers

X

E da-lhe cambio

Nao parece que vai ser fácil manter a taxa perto dos 2,10 nao...vamos lá

1- fundamentos fiscais no Brasil piorando, piorando sem sinais de mudança vale dizer. Isso esta batendo no risco

2 - conta corrente em -3% do pib gera, segundo meus VARs, uma depreciação de uns 10% no cambio real. Com essa inflação azeda ai, isso equivale a uma bela pancada no cambio nominal

3 - inversão da tendência da política monetária nos EUA

4 - mais importante que isso, a economia dos EUA eu aposto que vai crescer bem a partir de 2014, atraindo montanhas de fluxo de capital pra lá ( shale gás!)

5 - governo nosso ta com medo da inflação, e verdade, mas tem paixão reprimida por cambio depreciado

6 - China crescendo uns 7%, commodities nao vão mais ajudar tanto o Real


Dilma, quer ver cambio abaixo de 2,10? Ainda da sim (eu acho): .tira as restrições dos mercados futuros e reza.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Ministerio de Hacienda

Na Colômbia. Impressionante a seriedade e qualidade técnica. Fico me perguntando se eles vão convergir para o nosso caso, com o eventual aparecimento de uma esquerda. Ou se nós fomos azarados. Sei lá.

IOF is zero again

Guido´s currency war is over apparently...IOF = 0%

How much of an impact? Hard to tell, but in the past what made a HUGE difference (in the opposite direction) were the interventions in the futures market. Nevertheless, we have to applaud the 0% IOF. I am happy to see   these heterodoxos fellows concerned about inflation and government / private sector financing sources.

Since fundamentals are against the Real, though, I buy dollars at 2.08 without fear (have to say i am planning to move abroad for good)

terça-feira, 4 de junho de 2013

Home ownership e desemprego

Li esse paper interessante no banheiro, NBER 19079

http://www.nber.org/papers/w19079

Dados de painel, A.Bond estimador, estados dos EUA. Desemprego depende de uma porção de coisas na regressão: dummies estaduais e anuais, dele mesmo defasado (histerese!) e de home ownership (HO).

Quanto maior HO, mais desemprego no futuro. Esse é o achado dos caras.

A ideia é que se tem muita gente dona das casas onde moram, o funcionamento do mercado de trabalho é pior pelos seguintes motivos: (i) tem menos migração, e portanto, menos interação com pessoas qualificadas variadas, o que derruba a produtividade; (ii) quando muita gente é dona das casas, esse pessoal briga por legislação que dificulta construção de novos espaços utilizáveis (casas, prédios), encarecendo o metro quadrado e portanto afastando potenciais empresas de abrirem novas vagas ali.

Foi uma bela leitura de banheiro.

A reader said that Andre Lara said that...

..the wave of dsge macro models that trumped everything in the last decade had made short-run macro-thinking boring...well, if you dont understand the papers and cant get thr the math, it must be really boring.

ok, sometimes even for me, a genius of dsge, it is a bit tiring; the SAMBA paper, with a zillion equations, for instance...ugh...

however, it is mostly fun; and see empirically the consequences of adding nominal rigidities; habit-formation in consumption; etc, is really interesting

but the problem is: you have to study a lot; and people are generally lazy

Peru

Estou em Lima. Faz uns dez anos que passei por aqui. A comida continua fantástica. A divida publica e tão baixa que a curva de juros nao tem liquidez. O Humala é o Lula. A Nadine será a Dilma, ou talvez nao. Impressionante o que dez anos bons fazem. Talvez tenham também feito no Brasil, mas nao notei. O problema de observar um país somente a cada dez anos é que isso só pode ser feito uma vez em cada década. Quando estiver com menos sono falo algo da economia.

Delfos no Valor

Os leitores sempre sugerem comentarmos os textos do Delfos

Como ele está mais ortodoxo no texto de hoje, o pessoal gostou.

Eu, obviamente, sou mais chato. E meu papel não é bater palmas (ainda mais pra um conselheiro).

Primeiro, ao contrário do que sugeriu um Anonimo, o Delfos não faz exercício de IS/LM no texto dele não. Ele faz uma manobra de identidade contábil, travando Y. Aí ele diz que se sobe o G, estando o C constante, cai o I. Desculpem-me, mas não parece genial dizer que 1+3=4 e se não podemos mexer com o 4, e subimos o 1 para 2, então o três precisa cair para 2 !!

Delfos, sim, você está certo, tem um crowding-out. Parabéns e obrigado. Mas você poderia ao menos ter explicitado os canais de transmissão que levam a isso. Menor superavit primario, maior necessidade de financiamento do governo, maior demanda pela poupança disponível, alta de juro e aí queda do investimento. E também tem o seguinte: mais gastos G hoje, antecipação de impostos mais altos no futuro e/ou maior inflação para lidar com endividamento e, portanto, menos vontade de investir hoje. Ah, e esses fatores também dão uma cutucada no consumo sim, Delfos. Ao contrário do que você disse, ele pode cair mesmo se não houver alta imediata dos impostos.

Agora o câmbio: maior G, maior demanda por bens non-tradables vindo do governo, maior preço de non-tradables dado que oferta desse tipo de bem é apenas oferta doméstica. Dado o preço dos bens tradables no mercado internacional, o câmbio real, que é igual a preço de tradables/preço non-tradables, cai, ou seja, aprecia. E aí vem o déficit em T.C.

Bom, agora tá explicado o que o Delfos não explicou.

Delfos, em termos práticos, você ajudaria mais o Brasil ligando pra Dilma e pedindo para ela fazer uma reforma dentro do Ministério da Fazenda. Fala para ela chamar o Antoninho de Botucatu pro lugar do Augustin, e o FK para o lugar do Mantega. Podia por também o CESG no BC, e o CT no Planejamento. Por fim, o Genta poderia ir pro ministério da Educação, ensinar o pessoal a calcular o pib potencial num modelo de DSGE (é só zerar os parâmetros de Calvo nos mercados de bens e trabalho)

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Pangloss?

Vamos lá, forçando o otimismo:

o BC surpreendeu elevando o juro 50 pontos; o que ajuda na tarefa de sinalizar independência operacional. se seguir na toada, e restabelecer algo perto do juro neutro, com uma Selic digamos a 9%, as expectativas sim irão responder, cedendo para algo mais perto de 5%. a dúvida aqui é: eles vão continuar o processo com a firmeza demonstrada na última reunião?

a programação é que as concessões venha com tudo no segundo semestre. dado que o produto marginal do capital investido em infra é absurdamente elevado no Brasil, e que as externalidades positivas são grandes, o PIB potencial pode se elevar. claro que os prazos são longos aqui, mas o investimento reage rapidamente a uma perspectiva crível de arrancada da infraestrutura. a dúvida: o investidor privado, que passou a temer o coração anti-mercado desse governo, virá de fato??

fica faltando ainda assim algo muito importante, que é reorganizar a parte institucional da política fiscal e torná-la mais contracionista no curto prazo, para ajudar o BC na tarefa anti-inflação. o grande porém aqui é que no Tesouro vem crescendo em importância o Augustin, o artífice do desmonte da institucionalidade a duras penas construída desde 2000. A presidente precisaria demiti-lo, não há solução intermediária nesse caso...

...terá ela coragem para isso? acho que nem mesmo o otimista Pangloss compraria essa...il n´etait pas si naive